Euclides da Cunha - Centenário


Este ano é o centenário de morte de Euclides da Cunha. Aproveite para saber mais sobre ele e sobre sua obra. ABL (Academia Brasileira de Letras) criou uma página dedicada ao autor. Aproveite!

Tribos Urbanas



Pesquise nos links abaixo sobre as tribos urbanas. Você pertende a alguma delas?


O conceito de Identidade.


Identidade é a igualdade completa. Cultural é um adjetivo de saber. Logo, a junção das duas palavras produz o sentido de saber se reconhecer. Muitas questões contemporâneas sobre cultura que se relacionam com questões sobre identidade. A discussão sobre a identidade cultural acaba influenciada por questões sobre: place, gênero, raça, história, nacionalidade, orientação sexual, crença religiosa e etnia.
Na percepção individual ou coletiva da identidade, a cultura exerce um papel principal para delimitar as diversas personalidades, os padrões de conduta e ainda as características próprias de cada grupo humano. A influência do meio constantemente modifica um ser já que nosso mundo é repleto de inovações e características temporárias, os chamados "modismos". No passado as identidades eram mais conservadas devido à falta de contato entre culturas diferentes; porém, com a globalização, isso mudou fazendo com que as pessoas interagissem mais, entre si e com o mundo ao seu redor. Uma pessoa que nasce em um lugar absorve todas as características deste, entretanto, se ela for submetida a uma cultura diferente por muito tempo, ela adquirirá características do novo local onde está agregada.
Para o teórico Milton Santos, o conhecimento e o saber se renovam do choque de culturas, sendo a produção de novos conhecimentos e técnicas, produto direto da interposição de culturas diferenciadas - com o somatório daquilo que anteriormente existia. Para ele, a globalização que se verificava já em fins do século XX tenderia a uniformizar os grupos culturais, e logicamente uma das conseqüências seria o fim da produção cultural, enquanto gerador de novas técnicas e sua geração original. Isto refletiria, ainda, na perda de identidade, primeiro das coletividades, podendo ir até ao plano individual.
Segundo Stuart Hall (1999) uma identidade cultural enfatiza aspectos relacionados ao nosso pertencimento a culturas étnicas, raciais, lingüísticas, religiosas, regionais e/ou nacionais. Ao analisar a questão, este autor focaliza particularmente as identidades culturais referenciadas às culturas nacionais. Para ele, a nação é além de uma entidade política – o Estado –, ela é um sistema de representação cultural (grifos do autor). Noutros termos, a nação é composta de representações e símbolos que fundamentam a constituição de uma dada identidade nacional. Segundo Hall (1999), as culturas nacionais produzem sentidos com os quais podemos nos identificar (grifo do autor) e constroem, assim, suas identidades. Esses sentidos estão contidos em estórias, memórias e imagens que servem de referências, de nexos para a constituição de uma identidade da nação. Entretanto, segundo Hall (1999), vivemos atualmente numa “crise de identidade” que é decorrente do amplo processo de mudanças ocorridas nas sociedades modernas. Tais mudanças se caracterizam pelo deslocamento das estruturas e processos centrais dessas sociedades, abalando os antigos quadros de referência que proporcionavam aos indivíduos uma estabilidade no mundo social. A modernidade propicia a fragmentação da identidade. Conforme ele, as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade não mais fornecem “sólidas localizações” para os indivíduos. O que existe agora é descentramento, deslocamentos e ausência de referentes fixos ou sólidos para as identidades, inclusive as que se baseiam numa idéia de nação.
CONFERIR: HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. 3º ed. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 1999.


Fonte: Wikipedia
* Imagens e textos de outros autores. Em caso de dicordância, favor contatar o responsável pelo BLOG.

Unificação dos vestibulares

* Observe a argumentação. Atente para as técnicas empregadas. O tema também é de seu interesse. Aproveite! :) ----- Texto já na nova ortografia.

Se obtiver a concordância dos reitores, o Ministério da Educação (MEC) unificará já em 2010 o vestibular das instituições de ensino superior mantidas pela União. Atualmente, cada uma das 55 universidades federais prepara seu próprio exame e as provas são realizadas em datas diferentes. A ideia, que acaba de ser lançada pelo ministro Fernando Haddad e é inspirada no sistema adotado nas universidades americanas, é fazer uma prova única e com validade nacional, o que permite aos aprovados escolher o curso e a universidade conforme a pontuação obtida.
Para implantar esse sistema, o MEC quer aproveitar a experiência de avaliação escolar que já acumulou desde a segunda metade da década de 90, quando lançou o antigo Provão e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Já aplicado 11 vezes, desde sua criação, o Enem é um teste com excelente imagem e credibilidade na comunidade estudantil, pois suas notas são utilizadas como critério de seleção para a concessão de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e em processos seletivos de 500 instituições públicas, confessionais e privadas de ensino superior. Em 1998, ele avaliou 157 mil alunos do ensino médio. No ano passado, o número subiu para 4 milhões.
A ideia do MEC é aperfeiçoar e expandir o Enem, convertendo-o na base do vestibular unificado das universidades federais. Em seu formato atual, o Enem consiste numa prova de 63 questões de múltipla escolha e redação, realizada num único dia. O MEC quer aplicar quatro provas, com 60 questões cada uma, nas áreas de ciências humanas, linguagens, ciências da natureza e matemática, além de redação. Para os candidatos a cursos muito técnicos, como medicina, o exame também incluiria mais uma etapa, na qual seria aplicada uma prova com questões sobre disciplinas mais específicas, como ciências exatas. Com isso, o Enem passaria a ser realizado em dois dias.
O modelo do novo Enem só foi apresentado em suas linhas gerais pelo ministro da Educação. O detalhamento será feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), com base em sugestões dos reitores das universidades federais. Para os alunos, o sistema propicia a realização de um único vestibular e permite que candidatos de uma região possam se candidatar a universidades situadas em outras regiões, sem que tenham de se deslocar até elas.
Para o ministro da Educação, a unificação do vestibular tem a vantagem de aperfeiçoar o processo seletivo, tornando-o mais analítico e permitindo uma avaliação mais rigorosa das competências e habilidades dos vestibulandos. "Queremos uma prova que combine vestibular e Enem, corrigindo as distorções hoje existentes. O Enem pergunta bem, mas carece de conteúdos. O vestibular tem conteúdo, mas distorce na hora de perguntar", diz Haddad. Segundo ele, os atuais processos seletivos das universidades federais privilegiam a chamada "decoreba", não avaliando o que o aluno efetivamente aprendeu no ensino médio.
A reação inicial dos reitores, que por lei têm total autonomia para estabelecer critérios de seleção, foi favorável à proposta. Na reunião que mantiveram com Haddad, as lideranças da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aceitaram as linhas gerais da proposta do MEC. Em Pernambuco, lembrou o presidente da Andifes, Amaro Lins, as três universidades federais adotaram o vestibular unificado, numa experiência de sucesso.
O único ponto de divergência foi com relação ao prazo de implementação das mudanças. O ministro quer promovê-las o mais rapidamente possível, enquanto os reitores querem tempo para poder ouvir os conselhos universitários e realizá-las conforme as especificidades de suas instituições. A proposta será examinada na reunião plenária da Andifes que será realizada dentro de duas semanas.
A pressa do ministro é justificada por razões políticas, até porque 2010 é um ano eleitoral e a unificação dos vestibulares seria um trunfo a ser usado na campanha. Aos reitores cabe cuidar para que uma boa ideia não seja comprometida por razões políticas.

Crônica*

*Observe o uso dos tipos de discurso. Além disso, a abordagem de fatos cotidianos, típica da crônica. Boa leitura! ;)
Novos Pesadelos Informáticos
João Ubaldo Ribeiro
Outro dia, uma revista me descreveu como convicto "tecnófobo", neologismo horrendo inventado para designar os que têm medo ou aversão aos progressos tecnológicos. Acho isso uma injustiça. Em 86, na Copa do México, eu já estava escrevendo (aliás, denúncia pública: este ano não vou à França, ninguém me chamou; acho que fui finalmente desmascarado como colunista esportivo) num computadorzinho arqueológico, movido a querosene, ou coisa semelhante. Era dos mais modernos em existência, no qual me viciei e que o jornal, depois de promessas falsas, me tomou de volta. Tratava-se de coisa finíssima. O modem, por exemplo, era uma espécie de desentupidor de pia, que se fixava no telefone e que fazia aparecer do outro lado os piores bestialógicos imagináveis. Mas éramos felizes com ele.
Já no final de 86, era eu orgulhoso proprietário e operador de um possante Apple IIE (enhanced), com devastadores 140 kb de memória, das quais o programa para escrever comia uns 120. Mas eu continuava feliz, com meu monitor de fósforo verde e minha impressora matricial Emilia, os quais se transformaram em atração turística de Itaparica, tanto para nativos quanto para visitantes. Que maravilha, nunca mais ter de botar papel carbono na máquina ou ter de fazer correções a caneta — e eu, que sempre fui catamilhógrafo, apresentava um texto mais sujo do que as ruas da maioria de nossas capitais. Havia finalmente ingressado na Nova Era, estava garantido.
Bobagem, como logo se veria. Um ano depois, meu celebrado computador não só me matava de vergonha diante dos visitantes, como quebrava duas vezes por semana e eu, que não dirijo, pedia à minha heróica esposa que o levasse a Salvador, poderosíssima razão para minha conversão pétrea à indissolubilidade do matrimônio. E ai entrei na roda-viva em que hoje, mais ou menos irremediavelmente, me encontro. Já disse aqui que, no meu tempo, tudo o que o sujeito precisava para ser escritor ou jornalista eram um lápis, uma canetinha ou uma máquina de escrever. Hoje não, hoje o sujeito tem de aprender algumas coisas de novo toda semana, sob o risco de se ver desempregado, ou ridicularizado por amigos sem piedade.
Olho assim em torno, todos os meus amigos são micreiros. Basta dizer que sou amigo da Cora Rónai e do Gravatá. Todo mundo que conheço é plugado na Internet e conversa em termos incompreensíveis. A turma do Casseta e Planeta é micreira. Millôr Fernandes é micreiro. Todo mundo é micreiro. Só quem não é micreiro, que eu me lembre assim, é o festejado poeta Geraldo Carneiro, que não sabe nem numerar as páginas de seu texto a imprimir (habilidade que eu tenho, embora precariamente). Assim mesmo, em delírios paranóicos, às vezes suspeito que ele, conhecido por saber tudo, finge ignorância informática por caridade comigo. Não se pode confiar em ninguém, hoje em dia. Mas ganhei um computador novo! Fui dormir felicíssimo, pensando em meu lapetope de última geração, cheio de todas as chinfras. Mas tudo durou pouco, porque um certo escritor amigo meu me telefonou.
— Alô! — disse o Zé Rubem do outro lado.
— Você tem tempo para mim? Digo isso porque, com seu equipamento obsoleto, não deve sobrar muito tempo, além do necessário para almoçar apressadamente.
— Ah-ah! — disse eu. — Desta vez, você se deu mal. Estou com um lapetope fantástico aqui.
— É mesmo? — respondeu ele. — Pentium II?
— Xá ver aqui. Não, Pentium simples, Pentium mesmo.
— Ho-ho-ho-ho! Ha-ha-ha-ha! Hi-hi-hi hi!
— O que foi, desta vez?
— Daqui a uns quatro meses, esse equipamento seu estará completamente obsoleto. Isso não se usa mais, rapaz, procure se orientar!
— Como não se usa mais? Todos os micreiros amigos meus têm um Pentium.
— Todos os amigos, não. Eu, por exemplo, tenho um Pentium II. Isso... Ninguém tem Pentium II!
— Eu tenho. Mas não é grande coisa, aconselho você a esperar mais um pouco.
— Como, não é grande coisa? Entre todo mundo que eu conheço é só você tem um e agora vem me dizer que não é grande coisa.
— Você é um bom escritor, pode crer, digo isto com sinceridade. Quantos megahertz você tem nessa sua nova curiosidade?
— 132.
— Hah-ha-ha! Ho-ho-hihi!
— Vem aí o Merced, rapaz, o Pentium7, não tem computador no mercado que possa rodar os programas para ele.
— E como você fica ai, dando risada?
— Eu já estou com o meu encomendado, 500 megahertz, por ai, nada que você possa entender.
— Mas, mas…
Acordei suando, felizmente era apenas um pesadelo. Meu amigo Zé Rubem, afinal de contas, estaria lá, como sempre, para me socorrer. Fui pressuroso ao telefone, depois de enfrentar mais senhas do que quem quer invadir os computadores do Pentágono.
— Alô, Zé! Estou de computador novo!
— Roda Windows 98? Tem chip Merced?
— Clic — fiz eu do outro lado.

Poemário!!! :) ;)

Trata-se de ciber-poesia. O autor é Rui Torres. Entre no link e é só interagir.
Seja leitor e poeta! ;)

http://www.telepoesis.net/galeria-poemas/peditor.php

Conjugador (teste verbos estranhos, será curioso).

Clique no link abaixo e veja o conjugador de verbos.

http://linguistica.insite.com.br/cgi-bin/conjugue

*** Crédito da página de origem do conjugador.